domingo, 5 de dezembro de 2010

Introducing Qatar 2022's First Five Stadiums!

Estádios de alta tecnologia e baixo custo garantem Copa 2022 ao Qatar.



Com elementos tradicionais da cultura árabe, todos os estádios apresentam soluções de alta tecnologia e terão sistemas de condicionamento do ar para manter a temperatura sempre inferior a 27°C, tanto no campo quanto nas arquibancadas.



Estados Unidos, Austrália, Coréia do Sul e Japão participaram da disputa, mas o país árabe de apenas 1,6 milhão de habitantes venceu com um plano de custo total estimado em apenas US$ 4 bilhões.



Além disso, as arenas terão componentes modulares que, após a competição, permitirão a retirada de 170 mil assentos para sua doação a programas de fomento ao esporte em países em desenvolvimento.

Com projeto de doze estádios que alia alta tecnologia e baixo custo de construção,o Qatar foi escolhido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2022.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Loja São Paulo, Arkitito

Composição quase bruta contrasta com expositores de vidro

Os brises da vitrine e o volume que se projeta da fachada marcam o recuo frontal da Carmim, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Nos interiores, a loja de moda jovem diferencia-se de outras unidades pela ambientação escura e sofisticada, resultado da combinação entre madeira e tijolos aparentes, suavizada pelo brilho dos expositores de vidro e do piso em mármore branco. O colorido fica por conta de roupas e acessórios expostos.
Com recuo frontal generoso, a Carmim insere-se com naturalidade no contexto da rua Amauri, uma pequena via pontilhada por restaurantes. “O cliente queria o espaço externo livre, sem vitrines no alinhamento da calçada”, comenta o arquiteto Tito Ficarelli, um dos autores do projeto. Outra intenção era ter um ambiente interno requintado, mesclando o contemporâneo a elementos clássicos, inspiração que caracteriza roupas e acessórios da grife.

Construída especialmente para a Carmim com estrutura metálica e vedos em blocos de concreto, a loja apresenta fachada de vidro, na qual se destaca o volume em balanço que avança sobre a área livre e faz a cobertura da entrada.

Brises na forma de aletas de madeira estão posicionados por trás da vitrine, garantindo privacidade e reduzindo a incidência de luz natural no interior. O pé-direito elevado evidencia a volumetria dinâmica do espaço, inspirada no conceitos dos lofts.

O Aspecto Rústico do tijolo aparente combina-se ao brilho delicado do vidro e do mármore branco.


A iluminação focada utiliza lâmpadas halogêneas; no fechamento dos provadores, cortinas de veludo vermelho.

A carmim insere-se com naturalidade no seu contexto urbano.

A grande altura livre também coloca em primeiro plano os tijolos aparentes, material usado como revestimento das paredes para ocultar a marcação dos pilares já desde a área externa. O recurso unificou as linguagens interna e externa e definiu uma ambientação mais escura, pretendida desde o início do projeto.

Grandes expositores de vidro transparente recobrem as paredes e, com seu brilho delicado, suavizam o aspecto bruto do tijolo. “Eles têm peças de fixação que permitem o fácil remanejamento, em acordo com o produto a ser exposto”, detalha Ficarelli.

Com grandes patamares, a escada parece esculpida em um bloco de mármore branco e convida o visitante a circular pela loja seguindo o percurso em U - jeans e moda masculina no nível da entrada, bolsas e calçados ao longo da escada, dois níveis de moda feminina e, por fim, o volume que se projeta da fachada, onde estão expostos óculos e bijuterias.

Elementos quentes, como o assoalho de madeira clara e tapetes, fazem o arremate refinado, complementado pelas grandes cortinas de veludo vermelho no fechamento dos provadores.

A iluminação também ficou a cargo dos arquitetos, que utilizaram lâmpadas halógenas AR, com diferentes aberturas, mas todas de foco concentrado nos produtos.

Os autores desenvolveram ainda os expositores de madeira wenge clara e vidro. Essas peças apresentam desenho limpo e contemporâneo e estabelecem contraste harmonioso com as mesas de madeira e aparência residencial usadas para a mesma finalidade.

Expositores de vidro suavizam o aspecto rústico dos tijolos aparentes, que revestem as paredes para ocultar os pilares.

A mesa funciona como expositor e contrasta com os demais elementos da composição.

As paredes revestidas por tijolos aparentes ganham continuidade na área interna. Os brises de madeira dão privacidade.

Na caixa que se projeta da fachada estão expostos óculos e bijuterias. A pintura na cor da concreto dá neutralidade no ambiente.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Residência, Itu, SP - Maristela Faccioli e Regina Junqueira





Implantação respeita perfil do terreno e restrições ambientais
Situada em um condomínio fechado na cidade de Itu, a cerca de cem quilômetros da capital paulista, a casa de veraneio projetada pelas arquitetas Maristela Faccioli e Regina Junqueira mostra com clareza a intenção de respeitar o perfil natural do terreno, sem grande movimentação de terra, em contraste com construções nas imediações, que abusam de cortes e aterros.
Ao se aproximar da residência, localizada em um condomínio fechado na cidade de Itu, a primeira imagem que se tem é a de uma construção pavilhonar, com telhados de telhas de barro entremeados por duas torres de pedra. A visão de quem chega via noroeste - caminho mais fácil quando se usa a portaria principal do conjunto - é facilitada pelo vazio do lote vizinho.

“Procuramos implantar a casa rente ao terreno”, lembra a arquiteta Maristela Faccioli, enquanto beberica um capucino em um café no Itaim Bibi, em São Paulo. Sentada ao seu lado, Regina Junqueira complementa: “O recuo de 30 metros, resultado de restrições ambientais, forçou a implantação em uma das laterais”. Ambas, cada qual dirigindo escritório próprio, dividem a autoria do projeto.

Acercando-se mais da casa, avista-se um morrote artificial, que faz as vezes de muro. Ele foi idealizado pelo projeto paisagístico de Benedito Abbud e ajuda a deixar a residência mais resguardada da visão alheia.



A única porção aberta ao olhar e à passagem é o acesso, que desemboca em um pátio de chegada para veículos, pavimentado com pedras da região - um granito avermelhado. Lembrando a Acrópole, a perspectiva em 45 graus traz novas informações sobre o desenho: o telhado em uma água com peças aparentes de madeira que contrastam linhas inclinadas e ortogonais; volumes e planos de pedra que se contrapõem à alvenaria branca. A dimensão das peças de madeira e das telhas - maiores que o usual -, em um golpe de vista, pode até enganar os desatentos quanto às dimensões da construção.

O hall de acesso fica a meio nível, entre o piso de lazer (na parte mais baixa) e o térreo. A cota deste pavimento foi estabelecida de forma que a extremidade sudoeste, onde está parte dos dormitórios, ficasse pouco acima do solo; em contrapartida, o nível foi ajustado tendo como parâmetro o acerto do piso de lazer na mesma cota do gramado.

Assim, o térreo propriamente dito, onde estão quase todos os espaços domésticos usuais - estar/jantar, cozinha e dormitórios -, é elevado, funcionando como um mirante em direção do lago e da paisagem composta parcialmente por mata nativa. Na mesma cota do hall de entrada fica a área de serviço, facilitando a chegada à garagem.

A escada de acesso faz par com outra, de serviço. Ambas são visualmente marcadas pelas torres de pedra das caixasd’água. Esses dois elementos acabam criando três divisões transversais no extenso pavilhão: na porção perto da rua está a garagem e sobre ela o terraço da sala; no meio ficam o terraço/churrasqueira e, um piso acima, o estar/jantar e serviços; e, por fim, a área de lazer ocupa o piso inferior, enquanto os quartos estão no térreo.

Para aumentar a relação entre os espaços do grande ambiente de lazer, o terraço/churrasqueira e o jardim, as arquitetas idealizaram o maior esforço estrutural do projeto: são quase 15 metros de vão livre de pilar e viga.

Para isso, a testada acima da sala de estar é fechada por uma viga de onde parte um conjunto de três tirantes apoiando a laje do piso da sala. Como eles estão alinhados aos caixilhos, tal esforço não é facilmente identificado por desavisados. Nas duas laterais, pequenas mãos‑francesas ajudam o travamento.

Aproveitando a altura do telhado, dois dos dormitórios com vista para o lago possuem pequenos mezaninos, com camas para crianças. Nos quartos orientados para a face oposta, a solução da cobertura recaiu em um telhado voltado para uma calha central.

Assim, os dormitórios possuem cobertura do tipo borboleta, ou andorinha, que remete ao regionalismo crítico de Le Corbusier (evidenciado em seu projeto não construído no Chile, a casa Errazuriz, de 1931). A semelhança com o espírito dessa corrente ganha corpo pelo uso das paredes e volumes de pedra, realizados inteiramente por um só funcionário durante meses.

No projeto inicial, os espaços de lazer possuíam metade da área construída. Durante a execução - como o piso dos dormitórios era uma laje e não um aterro -, os proprietários resolveram ocupar uma espécie de porão formado pelo vão entre a laje e o perfil natural.

Para isso foi realizado um corte e muro de aterro. O aparecimento desse nível ajudou a criar uma extensa área de lazer - com piscina coberta, sala de ginástica e sauna -, mas por outro lado acabou prejudicando a leitura da sutil implantação original.

Já na rua, ao sair do café, Maristela recorda que, na última visita que fez ao local, com a casa pronta, ficou satisfeita com a utilização e as dimensões dos núcleos de escadas. “Acho que funcionou”, conclui.











sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Teatro Popular, Niterói, RJ - Oscar Niemeyer

Brises entre vidros duplos

Parte do conjunto de obras planejadas para o Caminho Niemeyer, em Niterói, o Teatro Popular permite descortinar o mar da baía de Guanabara através de fachada dupla com painéis de vidro e brises metálicos, que atendem à estética e promovem conforto ambiental.
“Basta pensar nos desenhos que realizei para um mural do Teatro Popular para constatar que no Caminho Niemeyer também se deu a oportunidade de promover a integração das artes plásticas com a arquitetura. Uma preocupação que não se afasta de mim desde os projetos que criei na Pampulha, em Belo Horizonte, em particular a igreja de São Francisco de Assis”, ressalta o arquiteto Oscar Niemeyer, autor do conjunto cultural que leva seu nome, em construção desde a década de 1990, em Niterói, RJ.

Em 1991, Niemeyer foi convidado pelo então prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, para desenvolver o projeto do Museu de Arte Contemporânea. O arquiteto aceitou o desafio e, segundo ele, “foi com o êxito alcançado pelo MAC, inaugurado em 1996, que Silveira vislumbrou a construção de uma série de obras - do mar até aquele museu -, depois batizadas de Caminho Niemeyer”. Com implantação às margens da baía de Guanabara, o projeto tem como ponto de partida uma grande praça junto ao mar. Nela estarão o Teatro Popular, as catedrais católica e batista, a Fundação Oscar Niemeyer e o Memorial Roberto Silveira. As outras edificações - Museu de Arte Contemporânea, Museu do Cinema Brasileiro e Estação Hidroviária de Charitas - serão instaladas ao longo da baía.






Construído em concreto armado, o Teatro Popular é uma grande cobertura curva que se origina nas empenas do edifício. Os 3,5 mil metros quadrados de área construída se distribuem nos pisos térreo e superior. Neste encontra-se o auditório, com capacidade para 400 lugares. Do térreo parte uma rampa helicoidal, também de concreto armado, que conduz o visitante ao foyer do teatro, espaço que tem 580 metros quadrados.

As fachadas do edifício receberam diferentes soluções, calculadas e executadas pela Engevidros. Na área do foyer, adotou-se um grande pano de vidro com portas antipânico e sanca de iluminação revestida com painel de alumínio composto. A face noroeste, voltada para a baía de Guanabara, tem envidraçamento duplo com brises internos, enquanto a oposta a ela recebeu acabamento em azulejo amarelo e pinturas do próprio arquiteto.

As soluções arquitetônicas desenvolvidas para o teatro garantem um espaço para atender tanto grandes como pequenos públicos. O palco é reversível. Seu fundo é, na realidade, uma porta que se abre para a praça, originando um espaço para espetáculos ao ar livre, para cerca de 10 mil pessoas. Com dez metros de largura, cinco metros de altura e 500 quilos, a porta de correr tem duas folhas, foi fabricada com perfis metálicos e revestida com painéis de alumínio composto, nas cores vermelha e preta. Com acionamento motorizado por controle remoto, ela pode abrir-se para o grande pátio. Suas ferragens de motorização estão embutidas nas paredes laterais duplas. A esquadria foi tratada acusticamente com preenchimento de lã de rocha de alta densidade.

Desenvolvido pelo arquiteto Robson Jorge Gonçalves da Silva, do escritório Cena Arquitetura, o teatro, do tipo italiano, conta com caixa cênica em laje de concreto dupla na forma de onda, com altura que permitiu implantar a infra-estrutura cenotécnica para o recolhimento vertical de cenários e vestimentas de palco, tanto para a platéia interna como para a da praça, através da segunda boca de cena, ao fundo da caixa. Segundo Robson, “o tratamento acústico da platéia foi trabalhado para o uso da palavra, com tempo de reverberação calculado em torno de 0,75 segundos, com recomendações especiais para isolamento de ruídos externos nas esquadrias de vidro e no sistema de ar condicionado, incluindo a casa de máquinas”.





Fachada dupla

Do interior do teatro, através da fachada noroeste, inteiramente de vidro, é possível descortinar o mar da baía de Guanabara. Assim como no museu que leva seu nome, em Curitiba, Niemeyer especificou para o Teatro Popular o mesmo conceito de fachada dupla, que atende à estética proposta e satisfaz o tratamento termoacústico da edificação. Ela possui duas peles de vidro laminado de dez milímetros, na cor cinza, não refletivo, interna e externamente. Eqüidistantes 240 milímetros, os panos de vidro, modulados em 1.600 x 1.600 milímetros, formam uma câmara de ar que abriga chapas de alumínio, dobradas em forma de hexágono, com 160 milímetros de diâmetro circunscrito e de profundidade. Montadas em forma tridimensional, que lembram colméias, as chapas exercem a função de brises metálicos. Sua superfície foi tratada com pintura eletrostática na cor preta e acabamento fosco.

Esses brises estão fixados na estrutura metálica, composta por perfis dispostos na diagonal, configurando, nos quadros regulares, quadrados inclinados, e junto das lajes, formas irregulares, mas sempre definidas pelas linhas retas da estrutura, inclinadas 45 graus em relação à vertical. Eles estão encaixados na estrutura de aço e fixados com parafusos de aço inoxidável.

No trecho em que a fachada é curva, foram instalados quadros periféricos preenchidos com os brises, exatamente nas medidas dos vãos entre a estrutura da grelha. São dimensões diferentes, oriundas do encontro das linhas retas inclinadas a 45 graus da estrutura de aço com as curvas superiores da laje inclinada inferior do auditório. No caso dos vãos retangulares, essa medida é de 1.510 x 1.510 milímetros. A modelação e a medição dos quadros foram feitas in loco, previamente com painéis de madeira aglomerada. Por serem modelados, os quadros periféricos tiveram que ser fabricados um a um. Na fachada toda foram instalados 150 quadros metálicos. Os vidros foram colados nos perfis de alumínio com silicone structural glazing.

Junta telescópica

Todas as cargas incidentes sobre a fachada, em especial a pressão de vento, foram consideradas para o desenvolvimento do projeto. Seguindo as orientações do calculista, a Engevidros resolveu de diferentes maneiras a deformação da estrutura de suporte periférico de concreto. Na base inferior, cuja deformação é mínima, a estrutura metálica foi apenas engastada na do edifício. A parte superior, com deformação suficiente para o esmagamento, recebeu junta telescópica capaz de absorver o trabalho da laje da cobertura de concreto armado. As ancoragens e as juntas foram dimensionadas conforme as normas. Entre os quadros de vidro, as juntas de 14 milímetros foram vedadas com silicone de cura neutra.

Segundo o engenheiro Ricardo Macedo, diretor da Engevidros, a distância de dez milímetros nos vidros internos, entre a pele e a estrutura metálica, permite a eventual entrada de insetos e sujeira na câmara. Para auxiliar na manutenção e na limpeza, a caixilharia fixa, voltada para o interior do edifício, possui quadros removíveis. Na face externa, para evitar a condensação de umidade entre os vidros, a caixilharia é fixada no vão e selada com silicone. Uma fita isolante entre os brises de alumínio e a estrutura metálica impede o contato entre os dois materiais e a possibilidade de ocorrer corrosão eletrolítica.

Após calcular, fabricar e montar a estrutura metálica, a Engevidros começou a execução da fachada pela instalação dos vidros externos. Em seguida foram colocados os brises e por último os caixilhos internos. As soluções e acabamentos foram feitos com rufos de chapas de alumínio e material isolante.

Devido ao desenho curvo do edifício, a fachada noroeste, com 20 metros de largura, recebeu no trecho superior vidros e brises modelados em arco. No restante, os vidros são retos. Na parte inferior, os quadros apresentam alturas diferentes para acompanhar a inclinação da rampa. Dessa inclinação resultou um vão com pé-direito de medidas distintas: do térreo até a cobertura, ele é de 12,30 metros; na subida da rampa ele vai diminuindo e, ao se encontrar com a fachada do foyer, tem 6,30 metros.

Vidros autoportantes

Na área do foyer, para atender à estética arquitetônica, a fachada de 29,75 metros de largura e 6,30 metros de altura foi vedada com uma única esquadria, composta por vidros temperados autoportantes incolores de dez milímetros e portas automáticas. “O arquiteto não queria perfis aparentes, e sim que o envidraçamento fosse o mais livre possível". A solução foi adotar uma viga horizontal de aço de 400 x 400 milímetros, apoiada em dois pilares de concreto, que divide a esquadria nos trechos superior e inferior. No primeiro, os quadros de vidro possuem 3,30 metros de altura; no segundo, medem 2,40 metros. A viga de aço ganhou outras funções. Revestida com painéis de alumínio composto na cor prata, tornou-se uma sanca de iluminação, que também esconde todos os equipamentos da porta automática”, explica Macedo.

Na parte inferior da esquadria estão as portas deslizantes com sistema antipânico e caixilhos transparentes, produzidos com perfis de alumínio e vidros temperados autoportantes. Conforme determinação do arquiteto, na fixação das 30 chapas de vidro, de 2.100 x 3.300 milímetros, foi utilizado um sistema de baguetes compostos por perfis de alumínio de 25 x 50 milímetros. Na parte superior também foi prevista uma junta telescópica, evitando o esmagamento pelo trabalho da laje superior. Para haver a troca de ar e auxiliar no tratamento térmico, os vidros superiores, na altura do teto, possuem vários furos, conforme orientação do projeto de ar condicionado.

O sistema antipânico das portas tem um dispositivo que permite saída de emergência do tipo rota de fuga. Em caso de evacuação emergencial do ambiente, as portas e os caixilhos fixos se transformam, com um leve impacto, em folhas pivotantes, promovendo abertura quase total do vão. O sistema de automatização das portas é composto por um grupo motor comandado por placa microprocessadora de 16 bits. São dois motores de corrente alternada com controle VVVF. O sistema tem fecho eletromagnético também comandado pela placa microprocessadora.














sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Evelyn Grace Academy, Londres, Inglaterra



A escola Evelyn Grace Academy é o primeiro projeto da arquiteta iraquiana Zaha Hadid concluído na Inglaterra

Separação horizontal, concreto aparente e terraços sobrepostos dão identidade a escola

Primeiro projeto da arquiteta iraquiana Zaha Hadid concluído na Inglaterra, a escola de ensino fundamental e médio Evelyn Grace Academy abriu suas portas em outubro de 2010, no subúrbio de Brixton, sul de Londres, com o objetivo de fomentar a revitalização urbanística da região e a inserção social dos jovens da comunidade local, formada por imigrantes de ex-colônias da África e Caribe.

"Além de estar entre os primeiros exemplos de arquitetura que experimentamos em nossas vidas, a escola tem um impacto profundo nas crianças à medida que elas crescem", acredita Zaha. “Por isso, é muito significativo que nosso primeiro projeto em Londres seja a Evelyn Grace Academy”, acrescenta a arquiteta.

Ela foi contratada pela instituição privada responsável por sua construção e administração, a ARK Schools. O projeto, no entanto, teve supervisão do Department for Children, Schools and Families (DCSF), órgão do governo britânico que regula o ensino no país e financia as atividades das escolas com gestão terceirizada espalhadas pelo Reino Unido.

A um custo total de de 36.5 milhões de libras, a construção vence os desníveis do terreno de 14 mil metros quadrados com terraços e pátios externos que se sobrepõem e criam espaços com diferentes vocações de lazer e esportes. “A escola insere-se de maneira aberta, transparente e acolhedora na comunidade ao longo deste processo de regeneração urbana”, opina Zaha.

A fim de realizar o projeto da arquiteta, porém, os engenheiros encontraram diversos desafios com relação à estrutura e tiveram de optar pelo concreto armado. Apesar de combinar com o concreto aparente das fachadas, a solução depende do uso de um sistema de auto-resfriamento, durante o verão, que reduz a dilatação causada pela amplitude térmica.

As áreas esportivas podem ser utilizadas pelos moradores durante o fim de semana

O projeto previlegia as curvas de concreto aparente

Os epaços de uso coletivo são compartilhados pelos alunos das quatro instituições de ensino


Os alunos de ensino médio e fundamental acessam suas unidades por entradas independentes


Todas as escolas contam com terraços próprios