terça-feira, 30 de novembro de 2010

Loja São Paulo, Arkitito

Composição quase bruta contrasta com expositores de vidro

Os brises da vitrine e o volume que se projeta da fachada marcam o recuo frontal da Carmim, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Nos interiores, a loja de moda jovem diferencia-se de outras unidades pela ambientação escura e sofisticada, resultado da combinação entre madeira e tijolos aparentes, suavizada pelo brilho dos expositores de vidro e do piso em mármore branco. O colorido fica por conta de roupas e acessórios expostos.
Com recuo frontal generoso, a Carmim insere-se com naturalidade no contexto da rua Amauri, uma pequena via pontilhada por restaurantes. “O cliente queria o espaço externo livre, sem vitrines no alinhamento da calçada”, comenta o arquiteto Tito Ficarelli, um dos autores do projeto. Outra intenção era ter um ambiente interno requintado, mesclando o contemporâneo a elementos clássicos, inspiração que caracteriza roupas e acessórios da grife.

Construída especialmente para a Carmim com estrutura metálica e vedos em blocos de concreto, a loja apresenta fachada de vidro, na qual se destaca o volume em balanço que avança sobre a área livre e faz a cobertura da entrada.

Brises na forma de aletas de madeira estão posicionados por trás da vitrine, garantindo privacidade e reduzindo a incidência de luz natural no interior. O pé-direito elevado evidencia a volumetria dinâmica do espaço, inspirada no conceitos dos lofts.

O Aspecto Rústico do tijolo aparente combina-se ao brilho delicado do vidro e do mármore branco.


A iluminação focada utiliza lâmpadas halogêneas; no fechamento dos provadores, cortinas de veludo vermelho.

A carmim insere-se com naturalidade no seu contexto urbano.

A grande altura livre também coloca em primeiro plano os tijolos aparentes, material usado como revestimento das paredes para ocultar a marcação dos pilares já desde a área externa. O recurso unificou as linguagens interna e externa e definiu uma ambientação mais escura, pretendida desde o início do projeto.

Grandes expositores de vidro transparente recobrem as paredes e, com seu brilho delicado, suavizam o aspecto bruto do tijolo. “Eles têm peças de fixação que permitem o fácil remanejamento, em acordo com o produto a ser exposto”, detalha Ficarelli.

Com grandes patamares, a escada parece esculpida em um bloco de mármore branco e convida o visitante a circular pela loja seguindo o percurso em U - jeans e moda masculina no nível da entrada, bolsas e calçados ao longo da escada, dois níveis de moda feminina e, por fim, o volume que se projeta da fachada, onde estão expostos óculos e bijuterias.

Elementos quentes, como o assoalho de madeira clara e tapetes, fazem o arremate refinado, complementado pelas grandes cortinas de veludo vermelho no fechamento dos provadores.

A iluminação também ficou a cargo dos arquitetos, que utilizaram lâmpadas halógenas AR, com diferentes aberturas, mas todas de foco concentrado nos produtos.

Os autores desenvolveram ainda os expositores de madeira wenge clara e vidro. Essas peças apresentam desenho limpo e contemporâneo e estabelecem contraste harmonioso com as mesas de madeira e aparência residencial usadas para a mesma finalidade.

Expositores de vidro suavizam o aspecto rústico dos tijolos aparentes, que revestem as paredes para ocultar os pilares.

A mesa funciona como expositor e contrasta com os demais elementos da composição.

As paredes revestidas por tijolos aparentes ganham continuidade na área interna. Os brises de madeira dão privacidade.

Na caixa que se projeta da fachada estão expostos óculos e bijuterias. A pintura na cor da concreto dá neutralidade no ambiente.

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