quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Complexo Aquário do Pantanal - Ruy Ohtake


Aquário integra-se visualmente a jardim interno descoberto


Monumental, o Complexo Aquário do Pantanal, que Ruy Ohtake está desenhando para o governo do Mato Grosso do Sul, deverá ser implantado numa das entradas do principal parque urbano de Campo Grande, o Parque das Nações Indígenas. Primeiro projeto do arquiteto a ser construído na cidade, ele é composto por dois volumes conectados e em desnível - o pavilhão central e o dos aquários -, que têm como cenário um jardim central e aberto, dedicado à biodiversidade do Pantanal mato-grossense. O pavilhão dos aquários, que fica em nível rebaixado, terá sua fachada externa embasada por painéis de vidro transparente a meia altura. Com isso, o visitante desfrutará, ao longo de todo o percurso, de livre visão do jardim oval, coplanar ao pavimento e com 70 metros em seu eixo maior.

Além de iluminar naturalmente o túnel dos aquários, esse artifício cumpre a função didática de visualização simultânea da biodiversidade de que trata o projeto e promove a integração visual, enfatiza Ohtake.

A arquitetura propõe o contraste de escalas. A entrada será feita através de uma espécie de cápsula metálica com pé-direito generoso - 14 metros no ponto mais alto -, cuja identidade resulta do grafismo dos materiais estruturais e de vedação. Vidro, metal e pórticos em forma de arco configuram o volume de recepção, que é visualmente marcante mas, como espaço de transição, deverá ter ocupação rarefeita.

Uma abertura de formato orgânico no piso permitirá que os equipamentos de circulação vertical conduzam ao andar inferior, ao espaço focal do projeto, que, de certa forma, tem ambiência intimista. Sua cobertura é abobadada; a iluminação natural virá das aberturas baixas da fachada externa, enquanto a face interna é envolta por aquários de fechamento curvo e dimensões variadas, formando um caminho pontuado pelos desenhos dos volumes preenchidos com água e vidro projetados por Ohtake. O complexo terá marcante vocação turística, didática e de lazer, conclui o arquiteto.





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